As mídias sociais, como já explicados aqui neste blog funcionam como ferramentas para as redes sociais e estas podem ser on ou off-line. Os últimos “bilhetes” destes blogueiros que vos falam trataram do uso das mídias sociais como fator de aproximação entre empresa e consumidor e como este processo mostra-se ainda em fase inicial, no entanto este novo “bilhete” irá tratar das mídias sociais e os relacionamentos sejam eles amorosos, profissionais, fraternos e etc. Para começar a discussão, comungamos com as idéias propostas no blog Mídias Sociais de que:
…os especialistas em mídia social poderiam se chamar especialistas em estratégias digitais focadas no consumidor. Mídia social é um termo que engloba tecnologias e não pessoas, quando se fala em mídias sociais ouvimos as palavras Twitter, Orkut, Facebook, etc. Muitas pessoas discutem seu significado, porém como o próprio nome já diz – são apenas um meio para se chegar a um fim, que é o relacionamento.O combustível que move todas as engrenagens dessas tecnologias são as pessoas. As ações geradas para a mídia social são sempre fracionadas, imprevisíveis, pois estão sempre esperando serem complementadas pelas ações geradas pelos usuários. Entender a dinâmica do relacionamento determina como essas engrenagens vão se movimentar.
Relacionamento é tudo
Segundo a Wikipédia “o relacionamento entre pessoas é a forma como eles se tratam e se comunicam. Quando os indivíduos se comunicam bem, e o gostam de fazer, diz-se que há um bom relacionamento entre as partes. Quando os indivíduos se tratam mal, e pelo menos um deles não gosta de entrar em contato com os restantes, diz-se que há um mal relacionamento.”
Apesar do assunto aqui ser especificamente “relacionamento on-line”, é importante ficar claro que o que importa é a forma e não o meio que utilizamos para nos relacionar com as pessoas. A internet e suas maravilhosas ferramentas “2.0” são apenas o meio, os mecanismos que regem os relacionamentos ainda são os mesmos desde os primórdios da humanidade.
Par o site Diretor Nark (inserir Lingk) a grande beleza das mídias sociais digitais está justamente nos relacionamento que podemos construir através delas. Mesmo sob o ponto de vista das empresas, a riqueza desse canal de comunicação virá sempre da criação e do estabelecimento de relações mais próximas e íntimas com as pessoas, inclusive aquelas com quem você provavelmente jamais se encontraria na vida real.
Um artigo escrito por Rachna Jain, psicóloga por formação, marketeira social por opção, aborda justamente algumas das mudanças que podemos observar nos relacionamentos pessoais, e que servem de exemplo da influência das mídias sociais digitais no mundo de hoje.
#1: Conexão
As mídias sociais permitem nos conectarmos com inúmeras pessoas. Inclusive muitas mais do que possivelmente poderíamos conhecer pessoalmente. Através dessas redes podemos nos conectar com o CEO de uma empresa da Fortune 500 no Linkedin, encontrarmos pessoas que compartilham de nossos gostos musicais e culinários em um blog ou até mesmo trocarmos objetos com pessoas que nunca encontramos antes.
Com esse aumento no número de contatos que estabelecemos com as pessoas, ganhamos também acesso a uma vasta gama de idéias e recursos, que nenhuma biblioteca seria capaz de armazenar, e ainda com a vantagem de que esse conteúdo se atualiza em tempo real, mantendo sua relevância. É como ter uma multidão de fontes com as melhores informações possíveis para solucionarmos qualquer questão pessoal ou de negócio.
Algumas pessoas acreditam que essa diversidade de conexões empobrece a qualidade de nossas interações sociais, mas essa afirmação é questionável, pois ao mesmo tempo em que acabamos conhecendo muito mais pessoas, podemos optar por conhecermos somente aquelas que compartilham dos nossos interesses, o que enriquece o diálogo.
#2: Intimidade
Embora a manutenção de intimidade seja positiva e útil aos nossos negócios, precisamos também ficar atentos às desvantagens trazidas pelas mídias sociais. Um dos grandes problemas com os meios digitais é que a distância nos ajuda a confundirmos uma intimidade digital com a intimidade real. Podemos nos empolgar com a possibilidade de nos conectarmos com outras pessoas pela internet e passarmos a acreditar que esses relacionamentos são mais intensos, duradouros e recíprocos do que eles realmente são.
Corremos o risco de alienarmos as pessoas com quem nos relacionamos no dia a dia, enquanto buscamos intimidade com nossos amigos online. Cada um de nós tem seu próprio limite para o quanto de intimidade podemos oferecer aos outros, mas independentemente precisamos sempre ter a certeza de investirmos nas pessoas mais confiáveis. Nos negócios isso significa que precisamos ter certeza de estarmos investindo no equilíbrio certo entre relacionamentos online e offline, para alcançarmos sucesso pessoal e profissional.
Não é à toa que as novas gerações tem muito mais facilidade para expor detalhes de suas vidas pessoais na internet, sem sequer medir as consequências ou os potenciais impactos desse comportamento. Não temos mais diários, albuns de fotografia ou agendas telefonicas, pois a internet oferece a possibilidade de deixarmos tudo isso acessível de qualquer lugar do mundo através da computação em nuvem.
#3: Efeito Manada
Outra desvantagem das mídias sociais digitais é que nos sujeitamos a potenciais contágios emocionais, conhecidos como efeito manada. Sentimentos como solidão, raiva ou dó podem ser transmitidos através das redes sociais. Estudos sugerem que se uma pessoa com quem você se relaciona online estiver se sentindo sozinha, você terá 52% de chances de se sentir sozinho também. Se esse contato é um amigo de amigo, ou seja, um contato de segundo grau, as chances caem para 25%, e se for um contato de terceiro grau, 15%.
Conforme aumentamos nosso networking e conhecemos novas pessoas, será cada vez mais importante monitorarmos nossas próprias influências e reações. Estaremos mais suscetíveis a alterações de humor dependendo de com quem passamos mais tempo ou prestamos mais atenção nas redes sociais. Você provavelmente já percebeu também como usamos muito menos da educação e da formalidade nos ambientes online. Iniciamos conversas direto no ponto que queremos discutir, e tomamos atitudes que não tomaríamos no mundo real. Além disso, considerando que as mensagens privadas da internet não são de fato privadas, algo que você diz em uma conversa pode ter impacto duradouro. Algo que começou como uma frase impensada pode se espalhar muito além do imaginado.
#4: Benchmarking
Uma coisa que pode ser tanto positiva quanto negativa é a facilidade que temos para nos compararmos aos outros. Ao mesmo tempo em que podemos usar as mídias sociais para entendermos o que as outras pessoas e empresas estão fazendo e o que está funcionando, acabamos sentindo que nossos sucessos são cada vez menos importantes, e nossas falhas cada vez mais evidentes.
Com a quantidade absurda de informação que podemos obter sobre como os outros vivem suas vidas, ou conduzem seus negócios, é fácil sentirmos que não podemos competir, e que estamos sempre um passo atrás. Podemos também nos sentir pressionados a sermos alguém que não somos, pois sabemos que estamos sempre sendo observados. As mídias sociais facilitaram o surgimento de uma nova cultura digital do voyeurismo e exibicionismo.
Os relacionamentos amorosos também ocorrem com freqüência na mídias sociais é o que mostra a reportagem do Jornal O Globo:
Aumenta o uso de mídias sociais nas relações amorosas dos brasileiros
Uma pesquisa feita em seis capitais mostrou como a tecnologia, especialmente as redes sociais, interferem nos relacionamentos amorosos dos brasileiros.
Tainá Ferreira tem 19 anos e cresceu conectada. Para ela, a tecnologia é fundamental para engatar um namoro. “Se ele deixou o celular, mando uma mensagem, senão dou uma procurada nos sites, encontro, converso com ele”, diz.
É cada vez maior o número de brasileiros que buscam parceiros nas redes sociais. Uma pesquisa feita com 600 pessoas em seis capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Recife) mostrou que 60% dos entrevistados usam o computador para conquistar alguém.
A paquera tecnológica é mais ousada. “Cinquenta por cento usam a tecnologia porque acham mais fácil começar uma paquera, ousar na paquera, falar coisas que ela não falaria pessoalmente. A tecnologia é o novo cupido dos brasileiros”, diz Daniela Sene, gerente de mercado.
Mas o computador também serve de detetive eletrônico: 62% dos entrevistados disseram que ficam de olho na página do parceiro nas redes sociais, o que muitas vezes provoca o rompimento, e 34% disseram que a internet ou o celular já prejudicaram o relacionamento.
Nas redes, o vínculo permanece mesmo quando o relacionamento chega ao fim: 67% dos entrevistados admitiram que visitam o perfil do ex-namorado com frequência. Muitas dessas pessoas procuram dar pistas de que estão felizes depois do rompimento.
“Muitos colocam ‘terminei um relacionamento, estou feliz’, colocam que estão indo para festa, dão uma cutucadinha no ex”, afirma Daniela.
E 35% dos entrevistados curam a dor de cotovelo buscando na internet um novo parceiro, enquanto 26% fazem declarações nas redes sociais, para todo mundo ver.
“Antigamente não dava. Tinha que contratar aqueles carros que apareciam na janela da sua casa com música ou na praia, colocar um 14-Bis com uma faixa ‘eu te amo’. Hoje você coloca na internet, é mais barato até”, conclui Daniela.
Nós do Observando Mídias Sociais comungamos com a idéia de que as mídias sociais vêm ganhando um grande papel e mudando a forma como as pessoas se relacionam, no entanto, não acreditamos que as mídias sociais substituirão os outros tipos de relacionamento, mas funcionam como mais uma forma de se relacionar.
Fonte:
www.midiassociais.net/…/foco-na-tecnologia-ou-foco-no-relacionamento/
midiaboom.com.br/…/academicos-a-importancia-das-midias–sociais-no-relacionamento-com-o-cliente/
diretornak.com/?p=1011