As mídias Sociais e os Relacionamentos

Publicado: novembro 15, 2010 em Uncategorized
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As mídias sociais, como já explicados aqui neste blog funcionam como ferramentas para as redes sociais e estas podem ser on ou off-line. Os últimos “bilhetes” destes blogueiros que vos falam trataram do uso das mídias sociais como fator de aproximação entre empresa e consumidor e como este processo mostra-se ainda em fase inicial, no entanto este novo “bilhete” irá tratar das mídias sociais e os relacionamentos sejam eles amorosos, profissionais, fraternos e etc. Para começar a discussão, comungamos com as idéias propostas no blog Mídias Sociais de que:

…os especialistas em mídia social poderiam se chamar especialistas em estratégias digitais focadas no consumidor. Mídia social é um termo que engloba tecnologias e não pessoas, quando se fala em mídias sociais ouvimos as palavras Twitter, Orkut, Facebook, etc. Muitas pessoas discutem seu significado, porém como o próprio nome já diz – são apenas um meio para se chegar a um fim, que é o relacionamento.O combustível que move todas as engrenagens dessas tecnologias são as pessoas. As ações geradas para a mídia social são sempre fracionadas, imprevisíveis, pois estão sempre esperando serem complementadas pelas ações geradas pelos usuários. Entender a dinâmica do relacionamento determina como essas engrenagens vão se movimentar.

Relacionamento é tudo
Segundo a Wikipédia “o relacionamento entre pessoas é a forma como eles se tratam e se comunicam. Quando os indivíduos se comunicam bem, e o gostam de fazer, diz-se que há um bom relacionamento entre as partes. Quando os indivíduos se tratam mal, e pelo menos um deles não gosta de entrar em contato com os restantes, diz-se que há um mal relacionamento.”
Apesar do assunto aqui ser especificamente “relacionamento on-line”, é importante ficar claro que o que importa é a forma e não o meio que utilizamos para nos relacionar com as pessoas. A internet e suas maravilhosas ferramentas “2.0” são apenas o meio, os mecanismos que regem os relacionamentos ainda são os mesmos desde os primórdios da humanidade.

Par o site Diretor Nark (inserir Lingk) a grande beleza das mídias sociais digitais está justamente nos relaci­o­namento que podemos construir através delas. Mesmo sob o ponto de vista das empresas, a riqueza desse canal de comunicação virá sempre da criação e do estabe­le­cimento de relações mais próximas e íntimas com as pessoas, inclusive aquelas com quem você prova­velmente jamais se encon­traria na vida real.

Um artigo escrito por Rachna Jain, psicóloga por formação, marketeira social por opção, aborda justamente algumas das mudanças que podemos observar nos relaci­o­na­mentos pessoais, e que servem de exemplo da influência das mídias sociais digitais no mundo de hoje.

 

#1: Conexão

As mídias sociais permitem nos conec­tarmos com inúmeras pessoas. Inclusive muitas mais do que possi­velmente poderíamos conhecer pesso­almente. Através dessas redes podemos nos conectar com o CEO de uma empresa da Fortune 500 no Linkedin, encon­trarmos pessoas que compar­tilham de nossos gostos musicais e culinários em um blog ou até mesmo trocarmos objetos com pessoas que nunca encon­tramos antes.

Com esse aumento no número de contatos que estabe­lecemos com as pessoas, ganhamos também acesso a uma vasta gama de idéias e recursos, que nenhuma biblioteca seria capaz de armazenar, e ainda com a vantagem de que esse conteúdo se atualiza em tempo real, mantendo sua relevância. É como ter uma multidão de fontes com as melhores infor­mações possíveis para soluci­o­narmos qualquer questão pessoal ou de negócio.

Algumas pessoas acreditam que essa diver­sidade de conexões empobrece a qualidade de nossas interações sociais, mas essa afirmação é questi­onável, pois ao mesmo tempo em que acabamos conhecendo muito mais pessoas, podemos optar por conhe­cermos somente aquelas que compar­tilham dos nossos interesses, o que enriquece o diálogo.

#2: Intimidade

Embora a manutenção de intimidade seja positiva e útil aos nossos negócios, precisamos também ficar atentos às desvan­tagens trazidas pelas mídias sociais. Um dos grandes problemas com os meios digitais é que a distância nos ajuda a confun­dirmos uma intimidade digital com a intimidade real. Podemos nos empolgar com a possi­bi­lidade de nos conec­tarmos com outras pessoas pela internet e passarmos a acreditar que esses relaci­o­na­mentos são mais intensos, duradouros e recíprocos do que eles realmente são.

Corremos o risco de alienarmos as pessoas com quem nos relaci­onamos no dia a dia, enquanto buscamos intimidade com nossos amigos online. Cada um de nós tem seu próprio limite para o quanto de intimidade podemos oferecer aos outros, mas indepen­den­temente precisamos sempre ter a certeza de inves­tirmos nas pessoas mais confiáveis. Nos negócios isso significa que precisamos ter certeza de estarmos investindo no equilíbrio certo entre relaci­o­na­mentos online e offline, para alcan­çarmos sucesso pessoal e profissional.

Não é à toa que as novas gerações tem muito mais facilidade para expor detalhes de suas vidas pessoais na internet, sem sequer medir as consequências ou os potenciais impactos desse compor­tamento. Não temos mais diários, albuns de fotografia ou agendas telefonicas, pois a internet oferece a possi­bi­lidade de deixarmos tudo isso acessível de qualquer lugar do mundo através da computação em nuvem.

 

#3: Efeito Manada

Outra desvantagem das mídias sociais digitais é que nos sujeitamos a potenciais contágios emocionais, conhecidos como efeito manada. Sentimentos como solidão, raiva ou dó podem ser trans­mitidos através das redes sociais. Estudos sugerem que se uma pessoa com quem você se relaciona online estiver se sentindo sozinha, você terá 52% de chances de se sentir sozinho também. Se esse contato é um amigo de amigo, ou seja, um contato de segundo grau, as chances caem para 25%, e se for um contato de terceiro grau, 15%.

Conforme aumentamos nosso networking e conhecemos novas pessoas, será cada vez mais importante monito­rarmos nossas próprias influências e reações. Estaremos mais susce­tíveis a alterações de humor dependendo de com quem passamos mais tempo ou prestamos mais atenção nas redes sociais. Você prova­velmente já percebeu também como usamos muito menos da educação e da forma­lidade nos ambientes online. Iniciamos conversas direto no ponto que queremos discutir, e tomamos atitudes que não tomaríamos no mundo real. Além disso, consi­derando que as mensagens privadas da internet não são de fato privadas, algo que você diz em uma conversa pode ter impacto duradouro. Algo que começou como uma frase impensada pode se espalhar muito além do imaginado.

 

#4: Benchmarking

Uma coisa que pode ser tanto positiva quanto negativa é a facilidade que temos para nos compa­rarmos aos outros. Ao mesmo tempo em que podemos usar as mídias sociais para enten­dermos o que as outras pessoas e empresas estão fazendo e o que está funci­onando, acabamos sentindo que nossos sucessos são cada vez menos impor­tantes, e nossas falhas cada vez mais evidentes.

Com a quantidade absurda de informação que podemos obter sobre como os outros vivem suas vidas, ou conduzem seus negócios, é fácil sentirmos que não podemos competir, e que estamos sempre um passo atrás. Podemos também nos sentir pressi­onados a sermos alguém que não somos, pois sabemos que estamos sempre sendo observados. As mídias sociais facilitaram o surgimento de uma nova cultura digital do voyeurismo e exibicionismo.

Os relacionamentos amorosos também ocorrem com freqüência na mídias sociais é o que mostra a reportagem do Jornal O Globo:

Aumenta o uso de mídias sociais nas relações amorosas dos brasileiros

Uma pesquisa feita em seis capitais mostrou como a tecnologia, especialmente as redes sociais, interferem nos relacionamentos amorosos dos brasileiros.

Tainá Ferreira tem 19 anos e cresceu conectada. Para ela, a tecnologia é fundamental para engatar um namoro. “Se ele deixou o celular, mando uma mensagem, senão dou uma procurada nos sites, encontro, converso com ele”, diz.

É cada vez maior o número de brasileiros que buscam parceiros nas redes sociais. Uma pesquisa feita com 600 pessoas em seis capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Recife) mostrou que 60% dos entrevistados usam o computador para conquistar alguém.

A paquera tecnológica é mais ousada. “Cinquenta por cento usam a tecnologia porque acham mais fácil começar uma paquera, ousar na paquera, falar coisas que ela não falaria pessoalmente. A tecnologia é o novo cupido dos brasileiros”, diz Daniela Sene, gerente de mercado.

Mas o computador também serve de detetive eletrônico: 62% dos entrevistados disseram que ficam de olho na página do parceiro nas redes sociais, o que muitas vezes provoca o rompimento, e 34% disseram que a internet ou o celular já prejudicaram o relacionamento.

Nas redes, o vínculo permanece mesmo quando o relacionamento chega ao fim: 67% dos entrevistados admitiram que visitam o perfil do ex-namorado com frequência. Muitas dessas pessoas procuram dar pistas de que estão felizes depois do rompimento.

“Muitos colocam ‘terminei um relacionamento, estou feliz’, colocam que estão indo para festa, dão uma cutucadinha no ex”, afirma Daniela.

E 35% dos entrevistados curam a dor de cotovelo buscando na internet um novo parceiro, enquanto 26% fazem declarações nas redes sociais, para todo mundo ver.

“Antigamente não dava. Tinha que contratar aqueles carros que apareciam na janela da sua casa com música ou na praia, colocar um 14-Bis com uma faixa ‘eu te amo’. Hoje você coloca na internet, é mais barato até”, conclui Daniela.

 

Nós do Observando Mídias Sociais comungamos com a idéia de que as mídias sociais vêm ganhando um grande papel e mudando a forma como as pessoas se relacionam, no entanto, não acreditamos que as mídias sociais substituirão os outros tipos de relacionamento, mas funcionam como mais uma forma de se relacionar.

Fonte:

www.midiassociais.net/…/foco-na-tecnologia-ou-foco-no-relacionamento/

midiaboom.com.br/…/academicos-a-importancia-das-midiassociais-no-relacionamento-com-o-cliente/

diretornak.com/?p=1011

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/10/aumenta-o-uso-de-midias-sociais-nas-relacoes-amorosas-dos-brasileiros.html

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